Pastor decide morar na rua para chamar atenção sobre a situação de pessoas que não têm casa
Um pastor resolveu atender a um chamado e compartilhar o Evangelho com moradores de rua. No entanto, ele radicalizou e decidiu ir viver na rua por um mês, para que seu caso inspirasse os fiéis a doarem recursos para um fundo de apoio aos sem-teto.
Jerry L. Pierce comprou uma barraca e foi “morar” em um parque, onde centenas de moradores de rua se abrigam em meio às árvores, em barracas improvisadas com lonas, que os protegem apenas do sol.
O pastor fez amizade com os moradores de rua, e descobriu que mesmo no inverno, eles evitam fazer fogueiras para se aquecer porque temem que as autoridades locais os expulsem da área.
“Eu posso ir para casa”, disse Pierce disse ao jornal local Columbus Dispatch. “Mas esses caras não podem ir para casa”, afirmou, comentando a situação dos moradores de rua com o início do inverno, que sempre é rigoroso nos Estados Unidos.
A ideia do pastor é que sejam arrecadadas doações para aquisição de 400 casacos para homens, 100 abrigos para mulheres, e mil pares de luvas e chapéus para os desabrigados. Para tanto, ele mandou imprimir panfletos, que dentre as mensagens, diz que “um casaco pode salvar uma vida”.
À sua congregação, o pastor relatou o caso de um jovem que estava vivendo acampado no parque há aproximadamente um ano. Um dia o rapaz se queixou do frio, e o pastor deu-lhe seus últimos três dólares para que ele comprasse um café para se aquecer. “A igreja deve estar pronta para ministrar aos necessitados”, disse o pastor.
Pierce é conhecido por sua atenção especial aos moradores de rua. Segundo o Noticia Cristiana, em 2009 ele promoveu o “Mês da Consciência sobre os Sem-teto”, e distribuiu alimentos e Bíblias para pessoas que viviam sob uma ponte.
O empenho do pastor se dá por sua própria história de vida. Quando era adolescente, enfrentou o vício da heroína e precisou cumprir uma sentença de prisão por falsificação. “Eu nunca pensei que eu ia parar com as drogas, e nunca pensei que eu seria capaz de voltar a ser parte da sociedade”, contou.